Wednesday, March 27, 2013

Foco: simples e complicado


Foco, uma palavra simples e objetiva.
Contudo, contrastante com sua sua aplicação na vida real, no dia a dia.

Mante-lo requer disciplina. Nossas cabeças fervilham o tempo todo com algum tema: as ideias, os planos, os projetos futuros, os projetos em andamento, as distrações, as ansiedades, todos requisitando atenção, sem falar as demais distrações externas, telefones, chats, pessoas solicitando alguma coisa, etc.
Vivemos no mundo multi-tarefa, onde tudo acontece o tempo todo.

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É inviável, ou pelo menos improvável, conseguirmos fugir deste paralelismo de acontecimentos e situações, da necessidade de estarmos sempre conectados, não necessariamente no sentido tecnológico da coisa, mas no sentido de ligação e atenção entre nós e os diversos assuntos que nos circulam. No entanto, este paralelismo acaba sufocando e paralisando algumas ações dentro destes assuntos paralelos.

Na prática, isso significa que os diversos assuntos que tratamos, normalmente subdivididos em várias áreas: projetos familiares, profissionais, pessoais, entre outros; acabam levando mais tempo que o previsto e perdendo algumas ações necessárias por falta de timing, por perda de oportunidade e por vezes, até sendo completamente perdidos.

Estes assuntos, algumas vezes tratados como projetos, inicialmente de maneira muito empolgada, mas com o passar tempo, sem a concentração necessária, perdemos este ritmo, assunções são esquecidas, etapas são perdidas e se as rédeas não são retomadas a tempo, são encerrados, sem um fim, sem o resultado esperado.

Mas o foco, por si só (ou a falta dele), não é o responsável por este desvio de percurso e sim a falta de disciplina para manter o foco si. É necessário ter a disciplina para criar o hábito, para relembrar as diretivas assumidas e manter-se obstinado, sabendo distribuir os olhares pelos infindáveis assuntos que nos circulam.

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Algum tempo atrás assisti um vídeo, também no ted.com, de Paolo Cardini, Try Monotasking
O texto "Try Monotasking" está inclusive, está pregado na parede da minha mesa, como um lembrete.

Não é meu objetivo, necessariamente, ser mono tarefa, mas este lembrete tem a função de me alertar sobre a necessidade de manter a concentração, pelo menos por um determinado período de tempo, afim de finalizar uma etapa completa de uma dada tarefa, antes de partir à seguinte.
Nem sempre consigo. Exatamente por isso que o lembre vai continuar aqui por mais um tempo.

Minha abordagem é aplicar algo semelhante ao que indica a técnica do Pomodoro, que, de maneira geral, utiliza um recurso simples (simplicidade é outro tema, o qual pretendo desenvolver um raciocínio em breve): um cronômetro de controle de cozimento de macarrão como unidade de tempo mínima para manter o foco em uma determinada tarefa. Durante cada pomodoro, deve-se estar completamente focado num assunto. 

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Independentemente de técnica, devemos buscar alternativas afim de definir a mais adequada às nossas características e necessidades, tendo em mente que o fundamental é desenrolar todos aqueles assuntos espalhados em nossas mesas, nas cabeceiras das camas, nos sofás e em nossas cabeças.

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